domingo, 24 de janeiro de 2010

A solidão é privilégio de quem fica escondido fazendo fita

Ontem fui ver Amor sem escalas, com o George Clooney. Não, não vou falar de como ele está lindo e charmoso no filme - mas esse já é um bom motivo para assisti-lo. O que mais gostei foi que quando tudo caminhava para ser mais uma comédia romântica com final óbvio, tudo desmorona de novo para o protagonista, e o the end não é o "viveram felizes para sempre". O filme é sobre a solidão em que Ryan, o personagem de Clooney, vive. Mas ele gosta disso, até que conhece a nova companheira de trabalho que é obcecada em namorar, casar, ter filhos. E todos com que ele fala começam a defender esta idéia, de que é impossível viver sem ter essa tradicional base familiar. Ele se rende, tenta, mas se decepciona. E foi isso que tirei do filme: algumas pessoas simplesmente não vão seguir esse modelo, seja porque não querem, ou porque não acontecerá para elas. Nem por isso a felicidade não existirá. Ainda sou nova, porém muitas vezes me pego imaginando que talvez eu faça parte desse time. Só que eu vou ser feliz. Com meu trabalho e com meus amigos. Porque foi neles que pensei quando a história acabou. Me emocionei tanto com eles na semana que passou, conheci tanta gente incrível, que tenho certeza que dá pra viver sem família, mas não sem amigos. Como meu pai gosta de dizer: amigos são a melhor coisa do mundo!